quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Liga Legacy Gárgula [Report|5-1-0] Parte 1 - "Ichorid em Legacy"

Para quem não me conhece - apesar de ser co-fundador do Mystical Tutor, este será o meu primeiro artigo, onde irei falar do meu 2º lugar a pilotar Ichorid no 2º torneio da V Liga de Legacy da Gárgula.

Quando, na semana passada, soube da existência deste torneio, tive logo vontade de ir. Como tal, peguei no deck que no último ano tenho andado a jogar - Zoo - e com o qual tenho bastante experiência a jogar Online (na Magic-League) e com o resto da Team Mystical Tutor. Sendo um dos meus decks preferidos pois consegue ser a ameça e rapidamente roubar um jogo, pensei também que no metagame actual seria o mais indicado pois no primeiro torneio havia a informação publicada tanto do top 8, como relatos de uma percentagem elevada de Merfolk. Passei a semana anterior ao torneio toda a testar Zoo de forma a refiná-lo para o torneio e a testar o brew do dt (João Pires). Contra os decks que fizeram top8 e mais alguns que estão sempre presentes, testámos até a exaustão.
Tendo eu como cargo na equipa o de fazer as trocas, comecei a tentar arranjar todas as cartas rapidamente. Os dias foram passando e no sábado à noite faltava pouca coisa. Entre todos, só faltava 1 Breakthrough, 3 Price of Progress, 3 Engineered Explosives e 1 Jace TMS. Tudo o resto já estava mais ou menos garantido, graças ao Soulz. Domingo de manhã combinámos receber 3 Explosivos de um grande jogador nosso conhecido cá da zona, o Pedro Martinho. Enquanto estávamos à espera, eu e o dt chegámos a uma conclusão: eu devia pilotar o Ichorid em vez do meu primo (AliveFromDeath - Hugo Rodrigues), que o iria levar, porque eu tinha mais experiência a jogar com o deck e como sideboardar com ele. Tudo o que ele sabia foi ensinado por mim. Telefonei-lhe às 11:40 e disse-lhe para levar o Zoo, que eu levava o Ichorid. Ele concordou.

Depois de recebermos os Explosivos, fomos ter com o grande João Guerreiro (ou o "Prof.", como é conhecido) para tomar um cafézinho. Foi ele que nos emprestou um Jace, TMS - foil. Ficámos a saber a história de como ele se tem safado bem na Moita a pilotar UW e ter aberto um Koth adivinhando o pack em que ele ia estar.

Almoçámos na nossa base e partimos.

Report da atípica viagem em:

Na chegada à Gárgula, tivemos que preencher as decklists à pressa, porque mais de trinta pessoas estavam à nossa espera. Eu, sem conseguir arranjar um Breakthrough e dois Unmask, tive que mudar um bocado o deck e acabei por jogar só com 3 Breakthrough e 0 unmasks porque apenas um seria inconsistente. Coloquei 1 Careful Study em vez do Breakthrough e 3 Darkblast de sideboard.

A lista infelizmente não estava como eu queria mas não havia nada a fazer. Só pensei para os meus oponentes: "May the Force not be with you".

Eis a minha lista:

// Lands
4 [OD] Cephalid Coliseum
4 [AN] City of Brass
4 [WL] Gemstone Mine

// Creatures
4 [RAV] Golgari Grave-Troll
3 [RAV] Golgari Thug
4 [RAV] Stinkweed Imp
4 [TO] Ichorid
1 [ZEN] Iona, Shield of Emeria
4 [FUT] Narcomoeba
4 [TO] Putrid Imp
1 [RAV] Flame-Kin Zealot

// Spells
3 [TO] Breakthrough
4 [MI] Lion's Eye Diamond
4 [FUT] Bridge from Below
4 [FNM] Cabal Therapy
3 [TSP] Dread Return
2 [TO] Deep Analysis
3 [OD] Careful Study

// Sideboard
SB: 3 [SOK] Pithing Needle
SB: 4 [WWK] Nature's Claim
SB: 4 [TSP] Ancient Grudge
SB: 3 [RAV] Darkblast
SB: 1 [ALA] Empyrial Archangel


REPORT

1ª Ronda

Não me lembro do nome do meu oponente porque perdi esse apontamento por estarem sempre a pedir-me folhas (Thank you.), mas ele estava a jogar de UWR Countertop Thopter.

Ganho o dado, e abro uma mão com Careful Study, um Breakthrough, 2 Dredgers, 2 lands e outra carta.

Baixo Gemstone Mine e faço Careful Study, ao qual o meu oponente responde "entra." (fico logo a pensar que ele está a jogar de Control). Compro um Dread Return e um LED e meto os 2 Dredgers no cemitério. No turno do meu adversário, sinto que ele não está nada confortável com esta matchup. Baixa Tundra e passa-me o turno. Eu faço Dredge, em que me sai um Dredger e mais nada. Na Main Phase baixo Cephalid Coliseum e o LED, ao qual o meu adversário responde com "ok". Baixo Breakthrough e parto o LED em resposta. O meu oponente pensa um bom bocado e faz Enlightened Tutor em resposta e mete um Relic of Progenitus no topo e diz "ok". Yay, hate de main! Eu fico a pensar que ele não tem Force of Will. Combo perfeitamente com 4 Dredges do Breakthrough mais 3 do Coliseum. Antes de fazer Dread Return ao Flame-kin Zealot, faço múltiplas Cabal Therapies e na primeira, a nomear Force of Will, apanho uma e vejo 2 Jace, TMS. Fico a pensar no porquê de ele não ter feito Force no Breakthrough ou no LED. Flame-kin Zealot terminou o jogo ali.

Sideboard:
-4 LED
-2 Deep Analysis
+4 Nature's Claim
+2 Ancient Grudge

Ele escolhe começar primeiro e abre com Tundra e passa. Eu baixo um Putrid Imp que ele deixa resolver e passo o turno. No turno dele, baixa um terreno, resolve um Sensei's Divining Top e passa. Eu descarto Stinkweed Imp na upkeep e faço Dredge 5, em que me sai 1 narcomoeba e mais uns Dredgers. Baixo a segunda land e resolvo uma Narcomoeba e ataco por 2 com o Putrid Imp, pensando "Bem, Imp, vais ter de te esforçar neste jogo..."
Ele vê as três cartas do topo e eu acidentalmente vejo um Thopter Foundry no topo, porque ele virou as cartas para mim. Fiquei ciente que estava a correr contra o tempo. No turno dele, baixa a Foudry e uma Land e passa. Eu devolvo um Ichorid e faço um Dredge fortíssimo que me dá 2 Bridge from Below e 1 Iona, Shield of Emeria. Faço Cabal Therapy e ele responde com uma Swords to Plowshares no Putrid Imp, em resposta à qual eu descarto um Dread Return, uma Bridge from Below e mais um Dredger. Ele deixa resolver a Cabal Therapy e eu nomeio "fow". O meu oponente pergunta se é Force of Will e eu respondo afirmativamente. Ele revela a mão e não tinha nada de relevante. Faço Iona, Shield of Emeria a Branco e rezo a todos os santos para que não haja um Jace, the Mind Sculptor. Faço Dread Return também a um Golgari Grave-Troll que estava uma 17/17 e passo. Ele vê as três cartas do topo e no turno dele baixa a segunda peça do combo: uma Sword of the Meek. Faz dois Thopters e passa.
Eu faço Ichorid de novo e mais um Dredge. Tinha os 2 Ancient Grudge no cemitério e joguei ambos: um na Thopter Foundry e outro no Thopter equipado. Ataquei com tudo e deixei-o agarrado ao jogo por pouca vida. No turno dele tentou jogar a segunda Thopter Foundry mas apercebeu-se que a Iona não o permitia e assim acabou o jogo.

2-0, 1-0

Consegui finalmente beber uma Coca-Cola, relaxar um bocadinho e ficar aliviado porque pelo menos já não tinha vindo aqui fazer 0-2 Drop no meu primeiro torneio de Legacy na vida real.

No próximo post - o resto das rondas.

To be continued...

domingo, 31 de outubro de 2010

Liga Legacy Gárgula [Report|3-2-1] Parte 1 - "A Viagem"

Volto da segunda ronda da Liga Legacy da Gárgula cheio de ideias e motivação. Verifico o blog cuja actividade foi interrompida por motivos pessoais. Nada actual. Nada como eu queria que fosse - um espaço onde deixo os meus pensamentos para poder reanalisá-los e que eventualmente sirvam a quem os leia.

Já não jogava competitivamente há uns meses. Soube bem pegar naquele cartão novamente. Parece que não perdi assim tanto o jeito, fazendo 3-2-1 com um brew feito durante a semana para o metagame observado na ronda anterior da Liga. Cometi, em todo o torneio, um erro estratégico e dois erros pontuais que não me custaram jogos. Não é uma má média.

Fui com o resto da Team Mystical Tutor (ou Team Benfas), perfazendo: 1 Zoo [1-2 Drop], 1 Ichorid [5-1, 2º lugar], 1 Burn [3-2-1] e 1 Mono-Blue [eu, 3-2-1]. Connosco veio um ex-membro da equipa.

Quem nos visse às 14:30, às voltas por Amadora e às 14:40 já na Pontinha, não diria que conseguíssemos jogar Legacy neste dia. Felizmente, graças ao kasas e ao Soulz, foi-nos dado mais uns minutos para chegar a Odivelas.

Passo a explicar: Somos todos de Setúbal e nenhum de nós, nunca, foi a Odivelas, muito menos à Gárgula. Quem ficou de trazer uma impressão do Google Maps, coincidentalmente a minha pessoa, esqueceu-se. Perguntámos ao nosso caro condutor se sabia ir lá ter, e uma resposta afirmativa e confiante confortou-nos. Saímos de Setúbal às 13:00, em direcção a Odivelas.

Ter sido convocado para ocupar o lugar do meio de trás de um Peugeot 106 pequenino e antiguinho já era mau, mas ponham dois matulões com mais de 1.80m e 90kg cada ao meu lado e sendo o da esquerda uma recentemente descoberta máquina de flatulência, e temos a viagem perfeita. Eu precisava de ser passado a ferro quando, quase duas horas depois, finalmente saí daquele carro.

Fomos pôr gasolina e seguimos, fazendo planos de última hora, a ouvir Pantera, Audioslave e Trivium, eu a levar com a convexão de vento de duas janelas no focinho e tão apertado que nem um peidinho conseguia dar. Passamos a primeira saída para Odivelas, ao que eu aponto e recebo um "não é nesta". Passamos a segunda e eu, convencido que o condutor sabia o que estava a fazer, nem a mencionei. À terceira já disse "ainda não é nesta?" e a confiança a que já estava habituado não se manteve. Não obtive resposta. O carro começa a abrandar. As placas só mencionam Sintra e Cascais.

Já não jogo Legacy hoje.

Entramos num novo troço com portagem e por esta altura já toda a tripulação se apercebe do que se está a passar. Começa o melhor jogo de Magic que eu já vi na minha vida.

Primeiro turno, Brainstorm. Não se encontram respostas. Lá para o meio do jogo há um stack complicado que envolve um Divert e um Misdirection. Todas as Force of Will foram Extirpadas.

Acabamos por seguir caminho para Belas, e ainda hoje estou a tentar perceber se foi por, como o condutor afirmou, ser "perto de Odivelas" ou se porque simplesmente tem um nome parecido.

Belas é um fim do mundo pacato. Demasiado pacato.

A insistente recusa em parar em algum lado para pedir indicações podia ter sido hilariante em qualquer outro cenário, mas aquele carro era uma jaula para quatro jogadores que precisavam de ser alimentados pelo Magic. Cada um lidava com a situação da melhor forma: emborcando coca-cola já sem gás, rindo, levando as mãos à cabeça ou preocupando-se apenas em sair daquele carro porque foda-se, já não aguentava mais.

De Belas, por uma estradinha cujo engenheiro ou estava bêbedo ou era o Sócrates, fomos ter à Amadora.

Amadora é um fim do mundo assustador.

Tirando o mais pútrido flatus que já tive a infelicidade de cheirar na vida, Amadora apenas deu lugar ao esmorecer geral da esperança ao passar das 14:30. Ligo ao Soulz, que já está na Gárgula e nos informa que as inscrições estão a acabar, dizendo-lhe que estamos perdidos, mas a caminho. Um dos passageiros lá joga um Breakthrough e acedemos à Internet por um curto espaço de tempo, o suficiente apenas para indicar a estrada que devíamos seguir e confirmar que estávamos a dar uma volta enorme e desnecessária. Breakthrough é a comparação correcta, porque esse conhecimento durou instantes e foi tudo com o caralho no final do turno. Ficámos com o seguinte: é necessário encontrar o IC-17.

Da Amadora fomos ter à Pontinha. E se Belas é pacata e Amadora é assustadora...

Pontinha é um fim do mundo cuja única relevância é ter estação de Metro.

Depois de dar duas voltas ao que aparentemente era a localidade inteira, decidimos, num Stroke of Genius, ir de metro da Pontinha a Odivelas. O mapa revela que é mesmo ao lado. Tal é o nosso espanto quando verificamos que, para fazer esse percurso aparentemente tão simples, precisamos de percorrer a linha azul inteira, ir até ao Marquês de Pombal, apanhar a linha amarela e segui-la na totalidade até Odivelas. O Metro pode ser muito bom, mas para chegarmos a tempo teríamos que atravessar uns bons quilómetros de rocha. Esta hipótese foi completamente abandonada e, em vez disso, perguntámos a transeuntes metropolitanos como ir para Odivelas... de carro. À terceira tentativa, uma senhora lá nos deu indicações.

"Sempre em frente."

Well, thanks.

Corremos para o carro e peço ao Soulz para perguntar ao kasas se podia alargar o tempo das inscrições. Com uma resposta positiva, respiro de alívio mas preocupo-me se, caso não cheguemos, terei feito trinta-e-tal pessoas esperar por nada.

Seguimos sempre em frente. A esperança inicial arde cá dentro e está a começar a desaparecer quando, por fim, uma placa, a placa mais bonita que já vi na minha vida, um pentágono que aponta numa direcção e tem, circunscrito: Odivelas.

Cinco homens gritaram que nem cinco meninas, dentro daquele carro. E gritámos sempre que vimos mais uma placa a apontar na direcção correcta. O nosso carro, de fora, fazia barulho de Fórmula-Um mas o motor eram os gritos. Deixámos os habitantes locais a pensar que vinha aí um tornado.

Chegámos a Odivelas, a cidade com, sem sombra de dúvida, mais sinais de proibição de trânsito de sempre. Descobrir onde se podia ir já era complicado, quanto mais tentar chegar a uma loja específica que não fazíamos ideia de onde ficava. Aí apercebemos-nos do próximo desafio: encontrar a Gárgula. Gritos passam a apostas sem fundamento sobre para onde ir. Apesar da dor-de-cabeça, preferia os gritos. Resolvemos parar perto de um café e perguntar pela estação de Metro de Odivelas, porque tínhamos um palpite que a Gárgula ficava perto da estação. Telefonamos pela terceira vez ao Soulz, indicando onde estamos a partir de nomes de restaurantes e cafés, mas é inútil.

Com muito esforço e duas contra-ordenações graves depois (raio dos sinais de sentido proibido), avistamos a estação de Metro e, ao mesmo tempo, telefona-me um número que o meu telemóvel não identifica.

É o kasas. Ele vê o nosso carro e diz para estacionarmos. Saímos à vez daquela sobre-lotada lata de sardinhas e, ao fundo, pessoas. Pessoas com malas, pessoas a olhar para coisas nas mãos, pessoas a conversar. É Magic.

Chegámos.

To be continued...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Novo Extended - análise estratégica

Este novo formato tem sido fascinante de acompanhar. Já existe o boogeyman do formato mas ainda há muito espaço para inovação. Estou, claro, a falar de UGR Tempo, que conta com armas como Bloodbraid Elf (que pode, acidentalmente, fazer Cascade a um Ancestral Visions), Cryptic Command e Punishing Fire + Grove of the Burnwillows. Tem suficiente card-advantage para competir com Control, bastantes ferramentas contra Fadas, tal como Great Sable Stag e Volcanic Fallout e o combo PF + GotB destrói qualquer aggro. Só o facto de usar azul faz com que os decks de combo (Living End e Hive Mind) tremam.

Mas eu penso ter encontrado melhor. E com penso, quero dizer sei; apenas não quero incutir a minha opinião a ninguém. Promovo que testem e não que aceitem sem pensar duas vezes. Não sou pro-player, apenas tenho tempo e paciência para analisar um formato e uma sólida base de teste - com isto, fica implícito que não vou para o MWS fazer jogos aleatoriamente.

Merfolk. Odeio a raça, não gosto do deck de Legacy... mas que são bons, pelo menos durante os próximos três meses, são. Não é apenas pelo raw power do deck, que consegue correr contra praticamente tudo com um par de lords, mas pelo metagame que, mesmo jovem, já começa a ter traços marcados.

Eis a lista a que cheguei:

2 Celestial Colonnade
4 Mutavault
4 Wanderwine Hub
4 Glacial Fortress
8 Island
1 Tectonic Edge

4 Cursecatcher
4 Silvergill Adept
4 Lord of Atlantis
4 Coralhelm Commander
4 Merrow Reejery
4 Merfolk Sovereign

4 Ancestral Vision
4 Spreading Seas
4 Cryptic Command
1 Deprive

Devo explicar as opções.

Como vêem, o deck é azul e branco mas sem cartas brancas em maindeck. Não vou dizer que estou a splashar para Celestial Colonnade, mas era porém legítimo dizê-lo; Merfolk, por vezes, inicia uma attrition war que a Celestial Colonnade quebra por completo. É a segunda melhor arma que Merfolk tem no late-game, a primeira sendo obviamente o Cryptic Command. A base de mana não sofre com o splash - é quase como jogar só de azul - e permite uma panóplia de escolhas para o sideboard. Um último indicador: cheguei a testar UG Merfolk e até UB. Perdiam Wanderwine Hub sem algo tão bom para pôr no lugar deles. O deck acabava por se tornar inconsistente apenas por causa da base de mana, não justificando o uso de Tarmogoyf e Chameleon Colossus, ou Creeping Tar Pit e Thoughtseize (ou até Bitterblossom).

Inicialmente, não jogava com Ancestral Vision. You see, tenho receio de cartas que são maus topdecks. A questão aqui é que o deck precisa de mais uma one-drop e o Cosi's Trickster depende demasiado do adversário. Mais, os jogos que se ganham por ter um Ancestral Vision ao primeiro turno são muito mais dos que os que se perdem por se fazer topdeck ao mesmo. Sem falar no facto de que, com o fluxo de card advantage que o Ancestral Vision fornece, muito mais raramente existem situações em que é necessário o topdeck.

Spreading Seas não serve para "combar" com o Lord of Atlantis, esse é apenas mais um valor, uma pequena interacção que a carta tem. Para já, o Lord of Atlantis dá Islandwalk a maior parte das vezes que é jogado, visto as cartas azuis serem tão boas no formato que as Ilhas andam por toda a parte. Spreading Seas consegue parar man-lands, atrasar o oponente ou, mais importante ainda, fazer com que Grove of the Burnwillows seja inútil. Para um deck que geralmente morre para o combo (digo geralmente porque já ganhei bons jogos contra Punishing Fire activo), ter algo que interaja directamente com ele e previna que seja implementado é necessário. Sem grande custo para jogá-los e com tantos upsides, é uma óbvia adição ao deck.

Cryptic Command é a segunda melhor carta do deck, apenas o Merfolk Reejery a ultrapassa. Tenho visto listas com menos que quatro em maindeck e não posso crer que seja possível. É um erro jogar com menos de quatro Cryptics.

Coralhelm Commander é, geralmente, a pior carta do deck e, consequentemente, a que é cortada mais vezes no sideboard. Nos jogos pós-sideboard é normal que o adversário traga mais removal, o que torna o corte de um Leveler ainda mais simples. É, ainda assim, uma excelente carta e o único Merfolk capaz de ganhar o jogo sozinho.

Tectonic Edge como one-of é, mais uma vez, uma concessão ao formato. Visto jogarem com quatro Grove of the Burnwillows, eu jogo com cinco respostas. É a mesma filosofia do quinto (e até sexto) Jace no sideboard, em Standard. Além disso, vinte-e-três terrenos é um número muito mais confortável que vinte-e-dois, pessoalmente.

O único Deprive é por existir um espaço vazio após adicionados todos os componentes essenciais ao deck. É muito mais útil e versátil que qualquer outra carta que podia ser one-of, e por vezes crítica contra Wrath of God/Day of Judgment. Mas só quando não há Cryptic Command ou suficientes Cursecatchers.

O sideboard não é algo de que costumo falar, mas neste deck existem escolhas óbvias e incontornáveis.

4 Path to Exile
4 Spell Pierce
4 Mark of Asylum
2 Declaration of Naught
1 Negate

Great Sable Stag é uma opção comum para um sideboard verde e é portanto totalmente nulificado pelos 4 Path. São também utilizados contra outras criaturas problemáticas, como Chameleon Colossus (um 10/10 Islandwalker do outro lado da mesa mete um certo medo), Baneslayer Angel, Kitchen Finks ou Sower of Temptation.

Os Spell Pierce têm um principal propósito: impedir a Bitterblossom ao segundo turno. Estando a jogar ou a comprar, é certo que são um hard counter para essa carta. Não são, porém, inúteis contra outras matchups - Living End, Hive Mind e Five-Color Control são exemplos.

"Nice turn seven Cruel Ultimatum you got there."

Mark of Asylum é uma arma bastante incomum mas efectiva contra Volcanic Fallout e Punishing Fire. Quando a única coisa que nos podem fazer com Punishing Fire é tirar um de vida por cada Grove of the Burnwillows que têm, estamos bem. Habitualmente trago-os apenas contra UGR e Red Deck Wins.

Os três slots que se seguem podem ser modificados a gosto. Visto que tenho jogado Elder Dragon Highlander ultimamente, tenho um certo gostinho pela Declaration of Naught, inexplicável a outrém. É, no entanto, excelente contra combo - melhor, por exemplo, que Meddling Mage, que morre para Firespout ou Volcanic Fallout, ambas armas bastante presentes no sideboard de Living End e Hive Mind.

O Negate. Pronto. Com tudo o que escrevi aqui em cima, acho excusado explicar para que servirá.

E sabem o melhor? Ainda não vos disse o principal motivo porque Merfolk é o deck to play em New Extended.

Três palavrinhas:

Ganha a Fadas.

~dt

sábado, 26 de junho de 2010

Torneio MagicTuga - New Extended

Ler primeiro:
http://www.magictuga.com/topico.asp?topico=92606
http://www.magictuga.com/topico.asp?topico=93039

Juntamente com o torneio de Pauper - T2, iremos dar início ao primeiro torneio Liga Tuga Extended, já com as modificações previstas pela Wizards. O primeiro link explica estas modificações.

As inscrições podem ser efectuadas por e-mail (ligatuga@gmail.com) ou no tópico respectivo (segundo link) com o seguinte formato:

Nome:
Nick:
Deck Code:

Qualquer dúvida pode ser esclarecida no tópico adequeado, na secção de comentários do blog ou por e-mail, em ligatuga@gmail.com .


Inscrições fechadas

Torneio MagicTuga - Pauper T2

Ler primeiro:
http://www.magictuga.com/topico.asp?topico=91208
http://www.magictuga.com/topico.asp?topico=93037

Como já tínhamos anunciado, iremos efectuar um torneio de Pauper - T2, que irá dar inicio no dia 1 de Julho. As inscrições terminam no dia 30 de Junho às 23:59.

As regras para este formato estão explícitas no primeiro link.

As inscrições podem ser efectuadas por e-mail (ligatuga@gmail.com) ou no tópico respectivo (segundo link) com o seguinte formato:

Nome:
Nick:
Deck Code:

Qualquer dúvida pode ser esclarecida no tópico adequeado, na secção de comentários do blog ou por e-mail, em ligatuga@gmail.com .


Inscrições fechadas

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Mana Leak, take two

Para surpresa da comunidade Magic em geral, tanto blue como aggro mages, foi hoje confirmado o regresso de Mana Leak em M11. Parece que, por fim, o pêndulo volta ao azul, após dado o grande impulso à cor branca com cartas como Path to Exile, Oblivion Ring, Elspeth, Gideon, Wall of Omens... e Baneslayer Angel.

O que significa isto para Standard? Apenas que é tempo de largar os Cancel... mas não substituirá o Deprive.

O deck de Control do formato ganha aqui uma arma bem indispensável para o early-game. Se Oust já era opção contra os avanços rápidos, muitas vezes ajudados por uma certa Cobra ou Hierarca, Mana Leak trará um sinal STOP mais definitivo. É claramente melhor que um "tenta mais tarde". Entre a Mana Leak e a Elspeth são apenas dois land drops; a partir daí são Gideons, Jaces, Mind Springs e Martial Coups.

Blue-White ganha, com esta adição, dois muito bons Counterspells. Entre Mana Leak e Deprive, será realmente possível um deck ao estilo Draw-Go em Standard? Só falta card draw instantâneo... e Jace's Ingenuity está em M11. E eu "aposto" no retorno de Stroke of Genius a Standard.

Mas onde Mana Leak brilha mais não é em Standard, mas no novo formato de Extended. Um pseudo-hard counter fazia falta no formato, com a imediata rotação da Nona Edição. Mana Leak impede. Mana Leak atrasa. Mana Leak promove estratégia. Será uma estrela no formato onde Broken Ambitions é medíocre e Deprive serve apenas no late-game.

Estes são apenas alguns dos pensamentos que uma carta me provocou. M11 tem sido fascinante de acompanhar; espero só que não deixem a cor Preta de parte, como se tem verificado ultimamente. As cartas estão a subir de nível e é inevitável o tremendo impacto que este set irá ter em ambos Standard e Extended.


Até à próxima,

Pay 3 more mana.

~dt

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Novo Extended

Uns dias acordamos virados para a direita, outros para a esquerda. Alguns, mas poucos, até com os pés na cabeceira. Mais raro ainda é acordar com um telefonema de um fellow magic player, exaltado, exclamando as mudanças que Extended iria sofrer, o ban de Hypergenesis e Sword of the Meek e enumerando os sets que iriam rodar. Entre o acordar e aperceber-me do quão radical era este anúncio, só conseguia pensar que isto não podia vir em melhor altura, por dois motivos:

1- Vem aí uma Pro Tour de Extended e seria algo monótona se o formato fosse igual ao anterior.

2- A Wizards pensou pegar em Legacy e reformulá-la para OverExtended; terem pegado em Extended em vez de Legacy foi um alívio.

Após ter oportunidade de reflectir sobre este novo formato, eis os pontos em que me foquei mais:

1- Já não há Gifts Ungiven. *sadface*

2- Só quem vai jogar Extended na Pro Tour é que se deve preocupar com o formato actual. Visto os PTQs deste novo formato só chegarem a nós daqui a mais de três meses, já vamos contar apenas com Lorwyn e M10 forward.

3- O único deck que não sofre com a rotação (actual) é Living End. Não sofrer é relativo, visto ser óbvia a resurgência das Fadas. O metagame vai mudar drasticamente.

4- Fadas. A única coisa que impediu os jogadores de Faeries de jogar mais com as mesmas em T2 foi a rotação do bloco de Lorwyn. Com estas, vêm os decks do antigo T2 - Five-Color Control, Kithkin, Reveillark, BW, entre outros, bem como os decks do T2 actual - Jund sendo o mais óbvio. Poderão não ser competitivos, mas vão ser experimentados nesta fase inicial do formato, por isso há que ter tudo em conta.

(para uma review em análise das cartas importantes que irão sair de Extended, verifiquem este link)

Considerando tudo, estou bastante entusiasmado com as mudanças a Extended. Como a Wizards diz, justificando estas mudanças - Extended era um formato que os jogadores só se empenhavam quando era necessário, para grandes eventos. Ao contrário desse formato, este novo é uma extensão de T2, em que os jogadores que vêm desse formato podem investir menos e tirar mais proveito deste, para não falar que a ideia de que os decks e as cartas em que se investe duram muito mais até perder o seu valor.

Wizards, *thumbsup*.


~dt